A nova bacia de evolução do Complexo Portuário de Itajaí completou neste mês um ano de implantação. Responsável por devolver a competitividade e resgatar o desenvolvimento econômico da região, a estrutura recebeu, nesta quarta-feira (27), a 300ª manobra de navio. O primeiro giro no local ocorreu em 16 de janeiro de 2020.

O 300º navio a manobrar na bacia de evolução foi o CMA CGM Jacques Junior, com 300 metros de comprimento e mais de 48 metros de largura. A estrutura foi essencial para que gigantes como este pudessem ser vistos com maior frequência no complexo portuário, ampliando o acesso para 350 metros de largura e possibilitando a entrada e saída de navios de até 306 metros de comprimento no período noturno.

A bacia também resolveu um problema antigo do complexo: anteriormente era necessário que um navio aguardasse o outro finalizar a operação para poder manobrar, já que os berços dos dois lados do rio tinham que estar livres devido às restrições de giro. Após a obra, o complexo portuário bateu recorde e registrou em 2020 a melhor movimentação de cargas de sua história. Passaram por aqui, de janeiro a dezembro, 1.419.082 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e 15.655.812 toneladas de cargas.

“Um ano após a primeira operação estamos completando um significativo número. Nesse período, a nova bacia de evolução possibilitou não somente chegar à marca de 300 navios manobrados, mas, sobretudo, bater o recorde brasileiro de recebimento do maior navio de contêineres em operação na costa brasileira, o APL Paris, em 17 de junho de 2020”, destaca Fábio da Veiga, superintendente do Porto de Itajaí.

O recorde foi registrado cinco meses após o primeiro giro na nova bacia. O APL Paris, de Singapura, possui 347,4 metros de comprimento e 45,2 metros de largura, e é maior que a Torre Eiffel. O giro deste gigante foi a 6ª manobra bem-sucedida no local.

2ª etapa da bacia de evolução

A segunda etapa da obra de ampliação da bacia de evolução pretende aumentar o espaço para o giro dos navios no complexo portuário. As modificações permitirão que sejam recebidos gigantes de 366 até 400 metros comprimento. A obra é estimada em R$ 220 milhões e deve ser custeada pelo Governo Federal.

“A bacia de evolução foi uma das maiores conquistas que nós alcançamos para o nosso Porto, para que ele pudesse se adequar ao grande mercado internacional da navegação desses novos tempos. Vem se tornando mais evidente a importância e a necessidade de nos prepararmos para as obras da segunda etapa, objetivando e concretizando em definitivo esse projeto estratégico e tão fundamental para o Porto de Itajaí e para o estado de Santa Catarina”, afirma o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni.

A primeira etapa da bacia de evolução, obra custeada em parte pelo Governo do Estado, foi concluída no ano passado após aditivo de R$ 40 milhões feito pelo Município de Itajaí.