21 de maio de 2020 - Atualizado em: 22 de maio de 2020
Postado por: Alexandre
Com acesso a novos documentos, o proponente e relator da CPI dos Respiradores, deputado Ivan Naatz (PL) questionou no inicio da sessão desta quinta-feira (21) porque o governador do Estado Carlos Moisés não comprou equipamentos mais baratos e com entrega garantida, já que tinha proposta neste sentido .
Segundo ele, o governo tinha uma proposta mais barata apresentada pela empresa catarinense Intelbrás. Foram oferecidos 100 respiradores por R$ 7 milhões. R$ 70 mil por aparelho. E com todas as garantias para a entrega, com protocolo assinado pelo governador Carlos Moisés e pelo ex-secretário da Saúde, Helton Zeferino, no dia 24 de março . Naatz acrescentou que chegou, inclusive, a ser autorizada e empenhada a compra via Intelbrás, com pagamento na entrega dos aparelhos .
Mas , na sequencia, no dia 2 de abril, a operação foi abortada e decidido pelo pagamento antecipado de R$ 33 milhões adiantados para a empresa Veigamed, do Rio de Janeiro, por 200 respiradores suspeitos de serem inadequados e que até o momento ainda não foram entregues. O deputado Ivan Naatz observa ainda que a diferença de preço dos respiradores da Intelbrás para os da Veigamed é de R$ 100 mil. O prejuízo com essa compra chega a R$ 20 milhões. “ A questão principal que se coloca agora é porque o governador Moisés preferiu pagar mais caro e adiantado , fora do procedimento administrativo correto? A CPI ganha outro patamar com estes documentos e vamos buscar esta resposta e os culpados pelos prejuízos causados aos cofres públicos em respeito ao contribuinte catarinense”, afirmou o relator.