O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Pesca de Santa Catarina (Sitrapesca), Henrique Pereira, defendeu a liberação da pesca da Tainha na última semana, em reunião do Grupo de Trabalho (GT) da Tainha, em Brasília.

Na bagagem de volta, Pereira, trouxe ainda mais incertezas sobre a liberação da captura do pescado em 2018. As regras só devem ser definidas e divulgadas no mês de março.

A reunião do GT da Tainha aconteceu no final da última semana e, apesar de o Sitrapesca não fazer parte do grupo, Pereira fez questão de estar presente no encontro e expor a visão dos trabalhadores. “As pessoas que batem o martelo sobre a pesca, na maioria das vezes, mal conhecem um barco de pesca. Acredito ser de extrema importância que eles ouçam os trabalhadores, as pessoas que conhecem do que falam e que são as mais impactadas pelas decisões deles, geralmente baseadas apenas em teoria”, afirmou o presidente do Sitrapesca.

A liberação da pesca da Tainha neste ano ainda é uma incógnita. Em 2017, dos cerca de 120 barcos que capturam o peixe no Sul e Sudeste do país, apenas 17 ganharam as licenças através de um sorteio – sendo que dois desses barcos não existiam. Ao todo, quase 40 embarcações acabaram conseguindo a licença através de liminares.

O Sitrapesca defende que haja uma cota para captura do pescado, mas que todos os barcos possam trabalhar. Os trabalhadores são totalmente contra o sistema de sorteio, considerado injusto e falho.

Nos próximos dias o Grupo de Trabalho da Tainha deve entregar o relatório da última reunião ao IBAMA, que deve emitir um parecer sobre a quantidade de barcos que poderá pescar, qual a cota de captura e se haverá sorteio ou não. A expectativa é que este relatório seja entregue até março. “Saímos desanimados, porque vimos que não há intenção do governo de incentivar o setor pesqueiro, pelo contrário, querem dar rasteira. Mas não vamos deixar de lutar pelos pescadores”, concluí o presidente do Sitrapesca, Henrique Pereira.

Fonte: Assessoria de Comunicação Sitrapesca