17 de outubro de 2025
Postado por: Alexandre
Inédito no estado, o uso de bioinseticida à base de óleo de neem é o principal responsável pelas 12 semanas sem registro de criadouros no município.
Navegantes deu um importante passo no combate à dengue ao conseguir zerar o número de focos do mosquito Aedes aegypti. Segundo dados da Secretaria de Saúde, a cidade está livre de criadouros há 12 semanas nas 107 larvitrampas (armadilhas) espalhadas pela cidade.
Para o secretário de Saúde, Pablo Sebastian Velho, a conquista se dá graças às ações adotadas pela administração municipal, em especial, ao uso de um bioinseticida à base de um óleo vegetal, inédito em Santa Catarina no combate à dengue.
“Somos pioneiros no estado na utilização desse bioinseticida feito com óleo de neem, substância extraída da planta Azadirachta indica. A pulverização, ou fumacê, com esse produto é feita nas ruas e dentro das residências, não sendo tóxico para humanos e animais. Sua principal qualidade é ser mais duradoura do que o inseticida químico comum, permanecendo ativo no ambiente por até 20 dias”, detalha.
Segundo a gerente de Vigilância Ambiental do município, Diane Assunção, o sucesso do uso do bioinseticida se dá pela durabilidade e por sua ação em todo o ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue. “Ele funciona como repelente, atuando desde os ovos até a fase adulta”.
Em prática no município desde maio, a utilização do óleo de neem fez os focos caírem de maneira expressiva. Entre as semanas epidemiológicas 23 e 31 (de julho a outubro), não houve registro de novos focos nas 107 armadilhas espalhadas pela cidade.
Como consequência, também houve redução nos infectados pela dengue em Navegantes. Até o momento, são 120 casos em 2025, sendo que o último autóctone (contraído dentro do município) foi registrado em 21 de julho, quase três meses atrás. Em 2024, foram 6.571 casos ao todo.
Para chegar ao resultado, também foi preciso ampliar o quadro de servidores em mais de 300%. “Reestruturamos nossa equipe, passando de 10 para mais de 40 agentes de combate a endemias, possibilitando a intensificação das visitas nas residências e nos 79 pontos estratégicos tendentes à proliferação do mosquito, como borracharias, ferros-velhos, depósitos de materiais recicláveis e outros locais com risco de acúmulo de água”, detalha o secretário de Saúde.
Os números positivos, no entanto, não devem servir de relaxamento para a população. “Precisamos da colaboração de todos para que a situação continue controlada no município. Por isso pedimos para que evitem o acúmulo de água, eliminem os criadouros e denunciem possíveis focos do Aedes aegypti para a Vigilância Ambiental”, alerta.
O contato é pelo telefone/WhatsApp (47) 3185-2384 e pelo e-mail vigilancia.nvg@gmail.com.