O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) se tornou uma política permanente desde a última quarta-feira.

Na versão sancionada pelo planalto, os juros subiram para 6% mais taxa Selic que vem subindo em 2021. No ano passado, os juros do programa eram de 1,25% ao ano e a taxa Selic 2%, ou seja, a taxa final do Pronampe chegou a 3,5%.

Hoje, a Selic já está em 3,5%, o que, com o acréscimo dos 6%, eleva a taxa final para até 9,5% ao ano. E esse número pode passar dos 12%, já que muitos economistas já veem a Selic chegando aos 6% ainda neste ou no próximo ano.

Pronampe ainda é a melhor alternativa

Apesar da alta nos juros, para especialistas, o programa segue sendo uma alternativa vantajosa para as empresas de pequeno porte, já que os juros praticados no mercado para elas são ainda bem mais altos do que isso.

De acordo com o governo e com dados do Banco Central, a taxa média de juros no crédito concedido às empresas de pequeno porte foi de 35% no ano passado, no Pronampe a tendência é que chegue a 12% este ano.

Facilitação na aprovação

Os empréstimos são feitos pelos bancos e instituições financeiras comerciais que se habilitem para o programa, seguindo o teto de juros pré-definido, mais baixo, e com o apoio do Fundo de Garantia de Operações (FGO), uma poupança criada e abastecida pelo Pronampe, com recursos do governo, que é usada como garantia para os valores emprestados.

Na prática significa que pequenas empresas que não tem grandes garantias, podem ter mais chances de conseguir essa linha de crédito.

Os especialistas lembram, porém, que a aprovação do crédito está sujeita à avaliação do histórico e das condições de endividamento da empresa e do dono pelo banco. Eles também reforçam que o empresário deve estar ciente de que a tendência para a Selic nos próximos meses é de alta, o que também vai fazer os juros que ele contratar pelo programa subirem.

Cuidados na hora de pedir empréstimo

De acordo com especialistas, o melhor cenário para a empresa tomar um empréstimo é quando quer o dinheiro para fazer algum investimento para crescer. Pedir os recursos para capital de giro, para cobrir custos do dia a dia como aluguel e salários, ou para cobrir contas não pagas, tem que ser avaliado de acordo com cada situação, pois o empresário tem que estar ciente de que as parcelas significarão um custo mensal a mais sem levarem a aumento de receita nenhum.

Fonte: com informações da CNN e Portal Contábeis