7 de outubro de 2020
Postado por: Alexandre
A Matriz de Risco Potencial emitida pela Secretaria de Estado da Saúde foi divulgada na última sexta-feira (2) e apontou que cinco regiões de Santa Catarina estão em risco Alto e outras 11 em estado Grave. Houve melhora em cinco regiões do estado: Serra catarinense, Oeste, Xanxerê, Médio Vale do Itajaí e Foz do Itajaí deixaram a classificação Grave (cor Laranja) e passaram para o risco Alto (cor amarela).
A Avaliação do Risco Potencial passou por atualização diante do novo momento da pandemia e segundo o Governo do Estado, propõe um foco maior na atenção primária. A Matriz avaliará índices de transmissibilidade, monitoramento, dimensões, mortalidade e capacidade de atenção.
Apesar da melhora, o presidente da AMFRI e prefeito de Balneário Piçarras, Leonel José Martins, ressalta que a população deve seguir com as normas sanitárias e de prevenção a fim de não ocorrer novas contaminações. “De qualquer forma continua nos preocupando muito. A transmissão ainda está muito evidente na nossa região, muito forte, por isso não devemos abandonar todos os cuidados que estamos adotando até agora, ou seja, uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos e evitar aglomerações”.
Novos indicadores de classificação:
Dimensão Evento Sentinela: considera a mortalidade por Covid-19 como um sinal de alerta que aponta tanto o agravamento da situação, quanto a possibilidade de ocorrência de grande número de casos não identificados pelo sistema de saúde. Utiliza dados de informação de óbitos recebidos e computados no sistema de informação BoaVista. Os parâmetros considerados provêm da análise da mortalidade por Covid-19 ocorrida no estado de Santa Catarina durante o ano de 2020. Este indicador é combinado com o Rt (indica como a epidemia está evoluindo na região) e sua estabilidade interpretada segundo orientação da OMS.
Dimensão Transmissibilidade: combina informação sobre a quantidade de casos ativos em relação à população, combinada com a variação entre o número registrado na semana de avaliação comparada à anterior.
Dimensão Monitoramento: aponta a capacidade de rastreamento dos casos e contatos, medida por meio das notificações de casos positivos e negativos; e a capacidade de realização de vigilância ativa da Covid-19, medida por meio da qualidade do inquérito realizado na comunidade pela atenção primária em saúde e que busca estimar a taxa de pessoas com sintomas gripais.
Dimensão Capacidade de Atenção: como já visto durante o manejo da pandemia, a disponibilidade de leitos hospitalares de terapia intensiva é extremamente necessária para o manejo de casos graves, sendo que o risco da região aumenta à medida que sua ocupação também aumenta. É esperado que leitos de UTI estejam boa parte do tempo ocupados, sendo por atenção aos casos de SRAG ou outros eventos. Por este motivo, a dimensão somente será avaliada quando esta taxa supere 60%. A avaliação também ocorrerá a partir do município de residência dos internados, no entanto, a equipe da SES ainda trabalha para disponibilizar essa informação. Até ela esteja disponível a avaliação considerará internação por ocorrência.