Prefeitura de Navegantes é contra a construção da terceira rampa do Ferry Boat

22 de janeiro de 2020
Postado por: Alexandre

Autoridades entendem que a construção não resolve o problema das filas...

 

Esta semana a empresa NGI Sul, que realiza o serviço de travessia entre as cidades de Itajaí e Navegantes via Ferry Boat, divulgou uma matéria jornalística, através de sua Assessoria de Comunicação, sobre o projeto de construção de uma terceira rampa de acesso para veículos realizarem a travessia, alegando que o projeto já está pronto, aprovado pela Prefeitura de Itajaí e Porto e que agora só depende da Prefeitura de Navegantes para poder iniciar a execução da obra.

O município de Navegantes, por sua vez, vem a público esclarecer os fatos e elencar alguns dos motivos pelo qual, se posiciona contrário a implantação de mais uma rampa de ferry boat no Centro da cidade, já que tal medida pode até resolver o problema da empresa, mas que pode instaurar um caos na mobilidade urbana na região central do município, pois vai aumentar ainda mais o número de veículos que entram e saem pelo “acesso do ferry boat”, como atualmente acontece em horários de pico, vésperas de feriados e quando ocorrem acidentes nas BR’s 101 e 470. O trânsito fica totalmente parado em função da fila do ferry boat, prejudicando os usuários e principalmente a população navegantina, que não consegue se deslocar para o trabalho, comércio e suas residências.

Conforme o secretário Johnny Coelho, responsável Secretaria de Segurança e Defesa Social de Navegantes, a empresa, o Município e até o Ministério Público estão engajados em encontrar soluções que resolvam ou pelo menos, amenizem este problema, mas que neste caso, a empresa só esta preocupada em resolver parte do problema, que é aumentar a quantidade de vagas de embarque e desembarque de veículos, deixando todo o transtorno para que o município resolva.

O secretário pontua que atualmente a empresa não possui nem autorização para realizar o serviço, já que perdeu na Justiça, em Brasília, o monopólio e a concessão do serviço de travessia e que agora cabe ao Estado realizar o processo licitatório para a concorrência pública entre as empresas, sendo que o prazo legal para publicação do edital já expirou.

Sobre a viabilidade de implantação de uma terceira rampa do lado das existentes o secretário alega que a distância entre as embarcações que realizam o serviço é muito pequena e aumentaria, em muito o risco de acidentes. Também, teria que demolir e indenizar o prédio comercial que fica nas esquinas da Rua João Emílio com a Avenida João Sacavem, onde atualmente funciona a loja da TIM e outros comércios, pois não existe espaço necessário para isto e mesmo assim não resolveria o problema das filas. Na opinião dele, que é compartilhada por outras autoridades, a solução seria construir esta terceira ou até uma quarta rampa no terreno que fica entre a empresa Leardini e o Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar, com uma pista exclusiva para tal finalidade na via portuária. No local, segundo um estudo prévio, caberiam até 300 veículos estacionados na fila, sem atrapalhar a entrada da Portonave e sem comprometer o fluxo de veículos de uma maneira geral. Além disso, a travessia naquele local não iria atrapalhar a navegabilidade do rio, principalmente com relação as embarcações de pesca e entrada e saída de navios, já que a previsão é que com a nova bacia de evolução a quantidade de navios aumente em números e no tamanho dos navios. “Nossa proposta é que naquele ponto sejam feitas as travessias de veículos e aqui no Centro fique os ferry boats para travessia dos pedestres, bicicletas, motos e veículos de emergência. Assim, todo este transtorno seria evitado, sem comprometer a segurança dos moradores e da navegabilidade do Rio Itajaí-açu.

O que dizem as autoridades Portuárias e a Marinha

Ao contrário o que diz a matéria, o Porto de Itajaí se manifestou, informalmente, que não emitiu nenhuma opinião sobre a terceira rampa e acredita que essa terceira rampa, onde estão as outras duas, seja inviável pelo risco a segurança aquaviária.

Nas primeiras reuniões com os representantes da Superintendência do Porto de Itajaí para a vinda de navios maiores para cá, foi conversado com o Capitão dos Portos e o Delegado da Capitania dos Portos sobre a questão do ferry boat, e eles alertaram sobre o perigo da navegabilidade dessas embarcações juntamente com os barcos e os navios de grande porte.

O município de Navegantes esclarece a todos, que está engajado, juntamente com o município de Itajaí e autoridades portuárias, na busca de uma solução viável e duradoura. “Nosso principal objetivo é resolver o problema da cidade em um todo, queremos o bem-estar de nossa população, e não faremos nenhuma negociação com a empresa, seja a que está executando o serviço sem as devidas licenças de concessão ou de outras que possam ganhar a futura licitação”, enfatiza o secretário.

Fonte: Secom PMN


Veja o conteúdo do material divulgado pela NGI Sul:


NGI Sul apresenta projeto da terceira rampa para o Ferry Boat

Melhorar a mobilidade urbana regional e diminuir as filas são os objetivos da ampliação do terminal. Projeto está em fase final de aprovação na Cidade de Itajaí, porém, não foi autorizado pela Prefeitura de Navegantes

A NGI Sul já concluiu e apresentou o projeto de instalação da terceira rampa de atracação nas margens do rio Itajaí-açu, em Itajaí e Navegantes. A arrojada iniciativa tem por objetivo diminuir as filas de espera nas duas cidades, além de possibilitar a execução de manutenção das rampas, sem interferir na movimentação de veículos. Apesar de muitos serviços serem executados à noite, o trabalho preventivo nas rampas de acesso e nos ferries só podem ser realizados durante o dia, em respeito à Lei do Silêncio.

Para se ter uma noção ampla da operação, a NGI Sul registra pelo menos três tipos de ocorrências que geram filas de espera em Navegantes e Itajaí. A primeira delas são nos chamados horários de pico nos dias úteis, de segunda a sexta-feira, entre 7h e 10h e das 17h às 20h, quando o movimento é maior em virtude do deslocamento de trabalhadores, veículos de entrega, ônibus e caminhões, com filas que chegam em média a 500 metros. A segunda é registrada durante as ocorrências da BR 101 – sejam de acidentes, obras, movimento intenso, etc. – que causam lentidão e congestionamentos, levando motoristas a fazer o desvio pelas embarcações. Já a terceira ocorrência está associada e presente praticamente todos os dias da alta temporada de verão, onde milhares de veículos congestionam a BR 101 e, novamente o ferry acaba se tornando a única opção de mobilidade entre as duas margens.

Vale salientar que levando em consideração que um carro que tem em média 4,5 metros, e o tamanho da fila em cada margem possui uma extensão de 500 metros, são registrados aproximadamente 110 carros a cada meio quilômetro de fila. Quando a terceira rampa e o quinto ferry boat estiverem em operação, será possível diminuir o tamanho da fila em 160 metros em cada viagem, isso sem contar as outras quatro embarcações que já estão em operação.

Cabe ressaltar, que nos horários que não são considerados os de pico, os ferries operam com uma taxa de ocupação de veículos automotores que varia entre 40 e 60%. Também são nessas janelas de tempo, fora do horário de pico e na baixa temporada, que a NGI Sul realiza as manutenções preventivas e corretivas em seus equipamentos, buscando causar o menor impacto possível na formação de filas de espera. Com a terceira rampa, seria possível manter a qualidade, a rapidez e a agilidade do transporte para aqueles que utilizam a travessia fluvial mesmo fora dos horários críticos, sem causar impactos no trânsito.

Andamento do Projeto

Apesar de já ter apresentado todos os projetos conforme determina a legislação, a Prefeitura de Navegantes indeferiu duas solicitações, alegando ser inviável a construção da terceira rampa, que seria construída ao lado do atual terminal exclusivo para carros. O espaço não causaria nenhum impacto ao trânsito local, uma vez que está localizado bem no começo da fila de embarque. Apesar de reuniões e encontros entre a direção da NGI Sul e representantes do poder público municipal de Navegantes, ainda não houve aprovação por parte das autoridades.

Em Itajaí, a empresa já está com o projeto praticamente pronto, e em parceria com a Prefeitura e o Porto, prevê a revitalização do passeio público da Avenida Prefeito Paulo Bauer, onde vai construir o terceiro acesso ao lado da rampa exclusiva de automóveis. A NGI Sul já tem orçado os investimentos necessários para a sua execução das obras em cada margem. A empresa espera o entendimento das prefeituras no sentido de dar mais celeridade a este importante investimento que vai trazer agilidade, rapidez, conforto aos usuários e melhorar a mobilidade urbana regional.

Fonte: Assessoria de Comunicação NGI Sul

Categoria: Infraestrutura
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